29 de nov. de 2009

Gravidez na adolescência...

Bom dia meninas...

Hoje damos continuidade ao assunto abordado pela nossa querida amiga Rô, no domingo passado, sobre gravidez na adolescência. Estaremos contando a história de mais duas meninas que vivenciaram isso com muita intensidade.

Vamos a elas:


Raíssa Ferreira
Idade:18 anos
Localidade:São Paulo
Profissão:Estudante
Estado civil:Solteira
1 filho de 11 meses



"Fiz coito interrompido por alguns meses, como não aconteceu nada, continuei fazendo, até que um dia falhou"


A iniciação sexual:
Iniciei a vida sexual aos 15 anos, e aos 16 engravidei. A gravidez não foi planejada. Fiz meu pré-natal por 4 meses. Eu conhecia os métodos anticoncepcionais (pílulas e camisinha), mas não utilizava.

..."Fiz coito interrompido por alguns meses, como não aconteceu nada, continuei fazendo, até que um dia falhou”.

A descoberta da gravidez:
Não fiquei chocada, pois fazia o coito e sabia que poderia acontecer. Fiquei chateada, pois não queria, mesmo sabendo que era possível.


O pai do bebê:

Tivemos a mesma reação. Tínhamos plena certeza do que fazíamos e que poderia acontecer.
Estamos juntos e namoramos há quase 3 anos e ele nos ajuda em tudo.

Reação da família:
No início minha mãe entrou em choque, mas meu pai me deu apoio, e logo minha mãe ficou babona. .


Cuidados com a gravidez e o parto:
Tive uma gestação normal, dolorido, mas muito rápido...
“Ele quase nasceu sem auxílio de enfermeiras ou obstetra.”

Estudos e futuro:
Repeti o ano. Vou entrar pro Supletivo, pra terminar o ensino médio.


Condições emocionais e financeiras:
Tinha sim..

Considerações Finais:

Nenhum pai ou mãe está preparado pra ver sua filha adolescente grávida, mesmo com o alto número existente”.
“Precisamos ser fortes e esperar, pra sermos entendidas. E nunca fugir da responsabilidade”




Natália
Idade: 22 anos.
Localidade: São Paulo-SP.
Profissão:empresária e estudante de direito
Estado civil:casada
Tem 2 filhos (4 anos e outro de 3 meses)



“Quando você tem uma vida que depende de você, você fica em segundo plano. Seus sonhos, seus desejos, não poderão mais prevalecer.”




A iniciação sexual:
Iniciei a vida sexual aos 14 anos, e aos 17 engravidei. A gravidez foi desejada, mas planejada depende do ponto de vista. Eu QUIS engravidar, mas não era casada, estava no primeiro colegial, não tinha casa própria. Porém meu marido já era funcionário público, com uma vida estável.


A descoberta da gravidez:
Eu fiquei MUITO feliz. Senti uma estranha sensação de ‘ser mãe’ pela primeira vez.
“Minha mãe sabia de tudo, inclusive me levou ao laboratório para fazer o exame, com poucas condições me ajudou como pode”.
“Meu pai disse que sabia que isso ia acontecer, perguntou se eu desejava ter o bebê e perguntou o que eu queria fazer? Ajudou-me muito pouco, quase nada”.


O pai do bebê:

Ficou muito feliz e saiu gritando do laboratório dizendo que iria ser pai.
É um pai super presente e dá toda a assistência aos filhos

Reação da família:

Minha mãe ficou ‘chocada’ e ao mesmo tempo muito feliz, deu o primeiro presente do bebê no dia seguinte.
Meu pai demonstrou pressão para que eu me casasse logo, pois demoramos para encontrar um imóvel para alugar.

Cuidados com a gravidez e o parto:
Sempre tive uma alimentação muito saudável, pelo fato de meu pai ser médico e exigente nesse ponto. Então continuei com minha alimentação normal, do dia a dia.
Com a pele utilizei óleos, cremes, para evitar estrias, pois sempre tive tendência para ter.


Estudos e futuro:
Terminei o segundo colegial levando meu primeiro filho na escola comigo. No terceiro colegial tentei cursar, mas foi muito difícil devido a amamentação e cuidados que não queria deixar de dar ao meu bebê. Então fiz até a metade do terceiro colegial no colégio normal, e terminei o restante com supletivo.


Condições emocionais e financeiras:
Financeiras:
no início, levamos uma vida simples, porém digna e nunca nos faltou nada. Meu marido já era funcionário público, ou seja, uma vida profissional muito estável. Depois com as economias fomos crescendo, adquirindo as coisas que precisávamos, compramos nosso apartamento, abri um negócio...
Emocionais: meu primeiro filho me deu luz e preenchimento em uma vida escura e vazia. Então sempre me dediquei muito a ele e a aprender tudo o que precisava para cuidar bem dele.



Considerações Finais:

Nunca aconselho a uma adolescente optar por ter um filho, pois a história parece doce para alguns, mas viver tudo isso é muito diferente de ouvir. É tudo muito difícil, apesar de todas as delícias da maternidade. Se você pode optar por ter o filho depois de passar por todas as barreiras, por quê optar por ter filhos justo enquanto está tentando vencê-las? Aí tudo fica mais difícil, pois correr sozinha é fácil, correr com os filhos no colo é muito mais difícil, exige muito mais esforço, o caminho parece mais longo e se demora muito mais para chegar em seu destino. Terminar a escola, a faculdade antes de ter filhos é muito mais fácil. Tudo é mais fácil quando é só você. Quando você tem uma vida que depende de você, você fica em segundo plano. Seus sonhos, seus desejos, não poderão mais prevalecer.

Meu sonho era fazer medicina e não posso, pois para cursar período integral, teria que abrir mão da criação de meus filhos, o que não faria por nada nesse mundo. Eles vêm em primeiro lugar, sempre e ETERNAMENTE. Filho é coisa séria e é para sempre.

Quando me diziam que eu teria que acordar de 3 em 3 horas, trocar fraldas cheias de cocô, ficar acordada nas madrugadas em que meu bebê tivesse cólica, não me contaram que essa era a parte mais fácil.
O difícil é educar sem agredir, lidar com uma criança o tempo todo, entender seu psicológico, usar de muita psicologia para dar explicações e ensinar as coisas da vida, disciplinar, dar toda a atenção que uma criança exige e tudo mais. Mas mesmo assim, eu amo fazer tudo para meus filhos, pois eles são a minha vida, são meu tudo, meus grandes amores. Eles são os meninos dos meus olhos.



Um abraço.
Nine

18 Comentários:

Carolina Bicker disse...

Olá!
Nossa, adorei a matéria e achei mto interessante.
É legal poder saber histórias de meninas que tiveram essa vivência de ser mãe tã cedo.
Bjokas!

Unknown disse...

Adoro essas histórias,faz a gente refletir.
Parabéns.
Bjuss

Juh Sutti disse...

Adorei a matéria!! Acho interessante a forma com que cada pessoa lida com as situações.
Parabéns
Bjus

Unknown disse...

Histórias complexas mas ainda assim muito interessantes! É intenso ver como cada uma lida com essas situações inesperadas. É um grande aprendizado poder ler sobre isso!
beijos

disse...

Ai amiga eu gostei tanto destas meninas... fico feliz em compartilharem suas vidas conosco e assim ajudar pessoas que passam por situações parecidas!
Bjo flor!!!

Unknown disse...

Essas meninas são guerreiras neh!
Parebéns pela garra delas!

Beijos

Regiane Modesto disse...

Ser mãe na adolescência não deve ser nada fácil.
Sorte das que tem tem os apoios dos pais neste momento...

Bijocas amore, te adoro,

Sueli Oliveira disse...

Super interessante!!!
Parabéns!!!

Dina Ulbrich disse...

Adorei meninas, super bem escrito e colocado, bju

Viaje na Leitura disse...

muito bem formulado seu post,beijosss

Taís Santama disse...

entao já falaei no outro post que isso e uam faca de dosi gumes.. vemos meninas que são acompanhadas.. amadas e outras abandonadas.. de qualquer forma acho que muito cedo é problematico, pq uma mulher para ser uma mae cada vez melhor precias de responsabilidade e experiencia.. uma menin ade 12 anos por exemplo nao sabe nada da vida.. e tem muito o que aprender
e ai os dois a mae e a criança acabam sofrendo situações que outras maes mais velhas conseguiriam passar bem .. mas esta é minha opinião .. e no final o que importa é o amor e a conisciencia .

Manu disse...

Adorei o post!
Faz a gte refletir sobre várioas coisas!!!

Bjuuux

Letticiae Bittencourt disse...

Parabéns pelo post e para as meninas que dividiram suas histórias com o blog.

Thania disse...

Ficar gravida na adolescencia nao deve ser tarefa facil.
Passei por um susto qdo eu tinha 16 anos.
Tive q fazer exame de sangue de gravidez e td.
Mas graças a Deus foi alarme falso.
Se eu estivesse mesmo gravida, meu filho teria 13 anos hj....ja pensou?????

Bjos amei o post!

.a nega do neguinho. disse...

Fio pensando será q vou estar preparada na hora H?

mas quer saber...se não estiver..a vida ensina MESMO e di CUM FORÇA!

bjs

Tata disse...

é.... é p se cuidar.. por como diz a Natalia... qdo a história é com o s outros parece doce.. mas não é fácil não....

May =) disse...

eu sempre penso quando o assunto é gravidez na adolescencia..
são crianças cuidando de outras crianças.. o bomm quando se tem o apoio da familia.. mas quando não!? é aí que complica =/... é preciso ser e ter responsabilidade para se tomar uma decisão tão sérias..
fico muito feliz por essas historias terem dado certo..
fiqco muito triste com tantas outras que não.. =/

sexo não pode ser na emoção.. mas decidido na razão..

amei o post..
me tira uma dúvida.. aquela é a Nat né?! tão lindaa.*-*-*

Simpatiquinha e Simpatiquinho disse...

A gravidez na adolescência mesmo quando apoiada muda os planos de toda adolescente! É muito bom ter reportagens como essas para mostrar situações reais, as dificuldades que se passa e a importância da família na nossa vida sempre!

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