2 de jan. de 2010

Redatora por uma dia - Rebeca: História de Adoção!

Olá queridos leitores!
Hoje é a Rebeca quem vai contribuir com um lindo post.



HISTÓRIA DE ADOÇÃO



Sou a filha do meio de uma família de tres irmãos. Meu irmão caçula é adotado e é o "filho homem" lá de casa. Sabe aquelas coisas de homem machista de ¨perpetuar o nome da família¨? Hoje ele tem quase 18 anos e eu me lembro perfeitamente do dia em que meus pais chegaram com ele no colo. Meu pai disse que tinha uma surpresa pra mim e minha irmã e era aquele pacotinho. Eu ficava colada no berço, olhando aquele bebezinho, com meus 7 anos e minha irmã com 11.

Meu pai nos sentava no colo e dizia que cada filha deveria adotar um filho(a) e meu irmão deveria adotar dois, por ser ele mesmo adotado.

A mãe do César – meu irmão - tem muitos outros filhos, e, pelo que eu soube, moram num lugar extremamente precário, com dificuldades de todo tipo. Ela o doou a meus pais por livre vontade, e o procurou algumas vezes, mas estávamos morando em outra cidade e só teve notícias dele por parentes nossos com quem tinha contato. Meus pais ficaram com medo de que ela tivesse se arrependido e o quisese de volta. Nos informaram que a lei brasileira dá prioridade à mãe biológica, mesmo em casos de doação (no caso da mesma voltar atras e recorrer à justiça), e que somente maiores de 12 anos têm a opinião levada em conta em juízo.

Pessoas maldosas da nossa própria família, já correram a contar pra ele, ainda pequeno, que era adotado (achando que ele não sabia) mas ele tirou de letra, disse que não ligava, que pelo menos tinha uma família. Sempre fala que nós somos sua família e que não tem vontade de procurar pela mãe biológica. Mesmo sabendo que ela já procurou por ele.

Hoje é um "adolescente rebelde sem causa". Sempre nas brigas meu pai diz que César é um filho escolhido, e por isso irá torná-lo um homem. E ele vai ser, eu sei. Porque demos o nosso melhor.

Amo demais meu irmão e torço pra que no futuro ele siga o conselho e o exemplo de adoção ensinado por nosso pai. Sinceramente, ele não é um coitadinho, abandonado que teve a sorte de encontrar alguém que o quis. Ele foi sonhado e desejado. E a nossa família foi construída com alegrias, tristezas e dificuldades como qualquer outra. Da mesma forma que seria se a minha mãe tivesse engravidado.

Falei com meu marido que, futuramente, vamos adotar um menino, mais velho e negro porque são esses que ficam nos orfanatos brasileiros e ninguém quer. As pessoas vão falar que não é filho dele (porque ele é loiro e tem olhos azuis), mas, essa é a idéia. Queremos mostrar pra todo mundo que laços são estreitados através do amor e que ser mãe e pai é muito mais que conceber, gerar e dar a luz. É querer, amar e lutar pra fazer tudo dar certo!



Quer ver sua história aqui? Envia-nos seu post com uma foto para colchaderetalhosblog@gmail.com

Bjs,

Rebeca.

6 Comentários:

Unknown disse...

Acho toda história de adoção linda e válida porque acho que é um ato incrível de amor e desprendimento! Desde pequena eu sonho em adotar uma criança porque eu acho que toda criança merece uma família e amor de mãe! Parabéns à família da Rebecca e é maravilhoso ver que essa vontade se perpetuando! beijos p/ todas!

Juh Sutti disse...

è emocionante ver que ainda existem pessoas com esse conceito, de que a adoção é uma benção! Eu concordo plenamente, e quero adotar uma criança tbm!
Bjus

.a nega do neguinho. disse...

Ai que história de vida LINDA!
a adoção pra mim é mais q um gesto de carinho e de afeição é uma forma de amor único!



Familia linda!
Deus abençoe.
Bjs

Marta disse...

Muito bonita essa atitude!
Beijocas

* Mi¢hєℓє* disse...

Linda história!!!
Minha sogra adotou um menino há 25 anos atrás, que segundo a mãe iria largá-lo na linha do trem, e minha cunhada, que era adolescente, ficou comovida e o pegou, sem ao menos perguntar pra mãe se ela o queria..sem duvidas que o criou com mto amor...infelizmente, meu cunhadinho faleceu no ano passado..mas sempre foi considerado como filho, e recebeu o mesmo amor que seus outros rmãos.

bjinhoss

Aline Vicentin disse...

Linda história...
Felicidades a família sempre...
bjinhus

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